“É uma ação puramente política que afeta os interesses tanto da UE como da Rússia. Isto foi confirmado pelos recentes protestos por parte dos que sofreram os maiores danos depois de serem incapazes de vender os seus produtos ao mercado russo em grande escala”, explicou Mantusov.
O especialista sublinhou que os agricultores franceses queimavam pneus em protesto e pressupôs que demonstrações semelhantes podiam sacudir não só países particulares, mas sim “todo um leque de países”.
Ele mantem-se otimista sobre a possibilidade de revogação de sanções antirrussas em um futuro não distante e saudou os países europeu pela compreensão da necessidade de Bruxelas fazer tal passo.
“Com certeza, as sanções não serão levantadas amanhã. Mas causa alegria o fato que todos os países da UE entendem a necessidade de revogação delas. Do meu ponto de vista é preciso algum tempo para que a UE tome uma decisão consolidada que as sanções já desempenharam o seu papel e já não são precisas. E pedirão passo de resposta por parte da Rússia”.
Os primeiros protestos contra a guerra de sanções com a Rússia tiveram lugar na Grécia, Espanha e Polônia e estafeta foi depois tomada pelos países bálticos e Itália.
Em Bruxelas dezenas de agricultores principalmente da Letônia, Estônia e Lituânia exigiram que a União Europeia revogue as sanções queimando retratos dos líderes europeus. Na cidade alemã de Erfurt os agricultores fizeram um rali em massa para dizer “não” às sanções.
Mais cedo nesta semana, agricultores franceses zangados assediaram a cidade de Vannes na Bretanha e bloquearam vias na França setentrional e ocidental para protestar contra quedas drásticas dos preços de leite e carne suína causadas pela guerra das sanções entre a Europa e a Rússia.
As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho de 2014, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não tem interferência no conflito interno ucraniano e possui interesse na resolução pacífica do confronto.