A Arábia Saudita anunciou que está prestes a fornecer mísseis superfície-ar aos rebeldes sírios para “mudar o equilíbrio de poder no terreno” e “ajudar a ‘oposição moderada’ a neutralizar helicópteros e aviões”, disse o ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, em entrevista à revista alemã Der Spiegel.
Entretanto, outro jornal alemão, o Deutsche Wirtschafts Nachrichten, escreve que a referência do ministro à “oposição moderada” é um eufemismo, porque os grupos armados no terreno são dirigidos pelas potências regionais e globais e cooperam com organizações terroristas como a Frente al-Nusra.
Estes grupos militares são apoiados pelos EUA e Arábia Saudita na sua luta contra o presidente sírio Bashar Assad. Por isso, os mísseis sauditas serão usados contra o governo de Assad e contra os aviões russos, que desempenham o papel muito ativo no apoio aéreo no país.
Ao mesmo tempo, o diplomata saudita afirmou que o objetivo do seu país na Síria é derrubar Assad e que “a Rússia não irá salvá-lo”.
“No longo prazo será uma Síria sem Bashar Assad”, disse ele ao Der Spiegel. “Quanto mais tempo passa, pior ficará”.
Al-Jubeir confirmou também que Riad está pronta para invadir a Síria usando tropas terrestres se a coalizão liderada pelos EUA não for contra isso.
Segundo o ministro saudita, tornou-se óbvio que a operação aérea não exclui a hipótese de um elemento terrestre. Se a coalizão dos EUA contra o Daesh estiver prestes a iniciar operações terrestres, a Arábia Saudita estará pronta para participar usando as suas forças especiais, afirmou.