França e Alemanha cobram reformas urgentes no governo da Ucrânia

© AFP 2023 / YURIY DYACHYSHYNBandeira ucraniana durante comício em Lvov (Noroeste do país) em 19 de fevereiro de 2016, dois anos depois do início do golpe de Estado
Bandeira ucraniana durante comício em Lvov (Noroeste do país) em 19 de fevereiro de 2016, dois anos depois do início do golpe de Estado - Sputnik Brasil
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Os chefes da diplomacia da França e da Alemanha declararam que todos as forças políticas e sociais na Ucrânia devem agir em conjunto para implementar as reformas governamentais no país.

Em declaração conjunta nesta segunda-feira (22), o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayrault, e o seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmaram que, segundo os termos do Acordo de Associação entre a União Europeia e a Ucrânia de 2014, Kiev é obrigada a adotar uma vasta gama de reformas, incluindo nas áreas da corrupção, energia, gestão das finanças públicas e da descentralização.

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Ayrault e Steinmeier afirmaram que o presidente da Ucrânia, o primeiro-ministro, o governo e o legislativo, a coalizão governista e a oposição, bem como todas as facções parlamentares e órgãos constitucionais, devem embarcar juntos no "curso correto e necessário, mas difícil e às vezes doloroso". 

“Aqueles que são fortes e unidos são mais capazes de resistir a ameaças externas", escreveram os dois diplomatas em publicação no jornal ‘Ukrainskaia Pravda’.  

Reconhecendo os progressos alcançados no domínio da energia, aplicação da lei e reformas bancárias, os ministros argumentaram a favor de novas reformas "rápidas" para combater a "certos indivíduos que, sem quaisquer barreiras antitruste concentraram enorme poder econômico e o usaram descaradamente para ganhar influência política". 

"Sérias alegações de corrupção avassaladora comprometem a consolidação pública", destacaram Ayrault e Steinmeier.

No início deste mês, o principal doador do FMI para a Ucrânia manifestou a preocupação de que Kiev corria o risco de retornar a um padrão de políticas econômicas fracassadas caracterizadas por um progresso lento no combate à corrupção e melhoria da governança.

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