Em declaração conjunta nesta segunda-feira (22), o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayrault, e o seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmaram que, segundo os termos do Acordo de Associação entre a União Europeia e a Ucrânia de 2014, Kiev é obrigada a adotar uma vasta gama de reformas, incluindo nas áreas da corrupção, energia, gestão das finanças públicas e da descentralização.
“Aqueles que são fortes e unidos são mais capazes de resistir a ameaças externas", escreveram os dois diplomatas em publicação no jornal ‘Ukrainskaia Pravda’.
Reconhecendo os progressos alcançados no domínio da energia, aplicação da lei e reformas bancárias, os ministros argumentaram a favor de novas reformas "rápidas" para combater a "certos indivíduos que, sem quaisquer barreiras antitruste concentraram enorme poder econômico e o usaram descaradamente para ganhar influência política".
"Sérias alegações de corrupção avassaladora comprometem a consolidação pública", destacaram Ayrault e Steinmeier.
No início deste mês, o principal doador do FMI para a Ucrânia manifestou a preocupação de que Kiev corria o risco de retornar a um padrão de políticas econômicas fracassadas caracterizadas por um progresso lento no combate à corrupção e melhoria da governança.