O acordo, assinado pelo presidente da Petróleos de Venezuela (PDVSA), Eulogio Del Pino, e pelo vice-presidente da Rosneft, Eric Maurice Liron, prevê o aumento de 40% da participação acionária da companhia russa na empresa Petromonagas, situada no campo de Carobobo, no centro norte do país, além de incorporar a Rosneft como sócia e acionista dos projetos de gás no campo de Mejillones e Patao do projeto Marechal Sucre. O aporte adicional é parte do acordo firmado em maio do ano passado, que prevê investimentos de US$ 14 bilhões de dólares da Rússia na Venezuela nos próximos anos.
O novo investimento vai permitir à Venezuela fortalecer a indústria petroquímica nacional, no bojo dos planos da criação de uma zona de desenvolvimento estratégico da Faixa do Orinoco. Para alcançar este objetivo, o presidente Nicolás Maduro determinou prazo de 100 dias para que sejam apresentados planos de planificação do projeto. Dentro desse objetivo, Maduro concedeu licença à Petroquímica de Venezuela (Pequiven) para iniciar a exploração de uma mina de fosfato no estado de Táchira, que permitirá aumentar a produção de ração animal, diminuindo assim a dependência de importações de matérias-primas.
Segundo a televisão estatal Telesur, Maduro afirmou que a produção petrolífera do país está nas raízes da guerra econômica e política executada para debilitar o governo, e que o petróleo continuará a ser usado em favor do povo venezuelano. “Estamos no epicentro da maior reserva do planeta, certificada como a maior do mundo”, disse Maduro.
O acordo firmado entre a PDVSA e a Rosneft amplia, assim, a cooperação econômica que Rússia e Venezuela vêm desenvolvendo nos últimos anos em setores estratégicos e que não se limitam apenas à importação de equipamento militar russo por parte de Caracas.