O chefe do Pentágono Ashton Carter, o presidente do comando conjunto dos chefes de Estado-Maior dos EUA Joseph Dunford e o diretor da CIA John Brennan estão certos de que o cessar-fogo falhará por causa de Moscou. Nas reuniões na Casa Branca eles já exigem “criar dificuldades sérias” à Rússia, comunicou ao WSJ uma fonte na administração do presidente dos EUA.
Carter e Dunford, segundo se pressupõe, irão enviar a Barack Obama recomendações oficiais sobre um “plano B”. A discussão em torno deste plano já está em curso. Na Casa Branca está sendo discutida uma série de medidas, inclusive apoio de reconhecimento à “oposição moderada” na Síria e introdução de novas sanções antirrussas. Porém, os políticos americanos duvidam de que os países europeus apoiem uma nova onda de sanções.
“A aliança entre os ‘falcões’ significa que há contradições entre os representantes dos departamentos diplomáticos e militares. Ela [a aliança] pode influenciar Obama e forçá-lo a tomar as medidas mais duras contra Moscou”, escreve o Wall Street Journal. Se Obama ceder a esta pressão, ele corre o risco de envolver ainda mais os EUA no conflito sírio, sublinha o artigo.
Na sexta-feira (26) irá ser assinado um acordo de cessar-fogo na Síria que deverá entrar em vigor no dia seguinte (27).
Esta é mais uma tentativa de pôr fim à guerra civil no país, iniciada em março de 2011 e que resultou em mais de 4 de milhões de pessoas refugiadas e desalojadas, além de um número de mortos que, para organismos como a ONU, atinge 250 mil.