O ministro do Interior belga, Jan Jambon, anunciou na terça-feira (23) que a decisão foi tomada no contexto dos planos da França de evacuar o campo de refugiados em Calais, onde se encontram cerca de 4 mil pessoas. O passo pode provocar um fluxo de migrantes provenientes da cidade portuária no norte da França em direção à Bélgica.
Bruxelas também afirmou que aumentará a presença da polícia ao longo de fronteiras para controlar a situação.
Isto acontece nas vésperas da cúpula sobre a crise dos refugiados, marcada para hoje (24) em Viena por iniciativa da Áustria. Desta cúpula participarão os ministros do Interior e Exterior da chamada “rota balcânica” que inclui a Albânia, Bósnia, Bulgária, Kosovo, Croácia, Montenegro, Macedônia, Sérvia e Eslovênia.
Uma pesquisa realizada pela empresa Prognos AG para o centro Bertelsmann Foundation mostra que a reposição de barreiras internas ajudará a lidar com o fluxo de migrantes, mas minará ainda mais a economia enfraquecida da UE, informou a Deutsche Welle.
Longas filas nos pontos de controle das fronteiras internas aumentarão os custos de produção para as empresas e os preços para os consumidores.
No pior dos casos, a reintrodução de fronteiras internas levará ao aumento de 3% no preço das importações, e as perdas da Alemanha, a maior economia da União, entre 2016 e 2025 serão de 235 bilhões de euros, da França – de 244 bilhões de euros, e de toda a União Europeia – de 1,4 trilhão de euros.
“Os resultados disso podem ser realmente gigantescos. Se tal acontecer, os debates sobre a saída da UE podem iniciar-se dentro de 2 anos e aqui mesmo, na República Tcheca”, disse Sobotka.
O mesmo pode acontecer em outros países da União Europeia onde existem fortes movimentos extremistas, afirmam especialistas.
A única coisa que está clara é que, se a União Europeia não lidar com a crise migratória o mais rápido possível, as consequências políticas, econômicas e acima de tudo, sociais, serão imprevisíveis.