Michael Madden, especialista em Coreia do Norte que lidera o blog North Korean Leadership Watch, disse à Radio Sputnik que as sanções não devem ter sucesso na tentativa de interromper os programas, mesmo que prejudiquem a economia-norte-coreana.
“Não é uma economia avançada, mas nos últimos anos eles conseguiram um crescimento modesto e fizeram algum progresso em termos de desenvolvimento da economia doméstica, então é preciso aguardar e ver se as sanções afetarão isso”, avaliou Madden.
O presidente norte-coreano, Kim Jong-un, e muitos em seu círculo têm a mente mais aberta porque foram educados fora do país, e Madden afirma que o presidente está ciente do que falta ao conhecimento na Coreia do Norte e está aberto a conselhos, especialmente de tecnocratas e de planejadores econômicos.
“Há um certo grau — um grau muito específico porque é um estado totalitário — de flexibilidade que ele dá a oficiais no que diz respeito à formulação de políticas.”
Entretanto, essa flexibilidade não se aplica ao programa nuclear, e as sanções não farão Pyongyang abrir mão de seu programa nuclear, alerta Madden.
Madden acredita que Pequim apoiou a proposta dos EUA por sanções mais duras por causa de preocupações legítimas quanto ao potencial de terremotos como resultados de testes de armas, que “incomodam bastante a China, especialmente os testes de armas nucleares.”
Enquanto China e Coreia do Norte têm uma relação próxima, a influência da China é um tanto exagerada por vários observadores externos, e Pyongyang provavelmente vai responder com hostilidades abertas às sanções propostas, afirmou Madden.
“Kim Jong-un passou a última semana inspecionando exercícios militares; provavelmente, vamos vê-lo inspecionando mais exercícios militares. Eles provavelmente vão endurecer os controles sociais.”
“Uma vez que as sanções forem aprovadas, veremos algumas declarações interessantes vindo da Coreia do Norte. Eles continuarão a aumentar a tensão na península da Coreia.”