“O reagrupamento do Exército sírio no meio de cessar-fogo e o desejo de algumas forças oposicionistas de apoiar o presidente Bashar Assad na luta contra o terrorismo internacional pode ajudar a Síria a lidar com a ocupação do Daesh”, disse Perendzhiyev.
No entanto, o especialista é cético quanto à hipótese de todas as partes respeitarem o cessar-fogo de 14 dias.
Perendzhiyev não excluiu que os Estados Unidos possam acusar a Rússia e a Síria de minar o processo de paz. Isso poderá ser evitado somente se o Ministério da Defesa da Rússia realizar o monitoramento do cessar-fogo de forma eficaz.
“Os militares e diplomatas russos terão não somente de responder a possíveis ataques informacionais mas também de lidar com passos preventivos”, disse.
Perendzhiyev expressou a sua esperança de que o Ministério da Defesa russo já monitorize a situação na região e, se for necessário, apresente evidências de qualquer provocação à comunidade internacional.
Na segunda-feira (22) foi publicada a declaração conjunta dos EUA e da Rússia sobre a Síria, segundo a qual o cessar-fogo entre as tropas do governo sírio e os grupos armados da oposição deve começar em 27 de fevereiro, sem ser o mesmo, no entanto, aplicado ao Daesh, Frente al-Nusra e outras organizações que a ONU considera como terroristas.
Pouco antes de o cessar-fogo ter entrado em vigor o Conselho de Segurança da ONU adotou a resolução 2268 sobre o acordo russo-americano de cessar-fogo na Síria.
Desde o cessar-fogo, a Rússia está se focando no fornecimento da ajuda humanitária. Durante dois dias foram fornecidas 2,5 toneladas da alimentação às povoações nas províncias de Homs e Latakia que aderiram ao cessar-fogo.