Trata-se da 24.ª fase da Operação Lava-Jato, que apura denúncias de corrupção, desvio de recursos e favorecimentos pessoais e empresariais, envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras, empresários, políticos e várias outras pessoas relacionadas aos principais alvos da investigação.
Em comunicado oficial, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal informaram que o ex-Presidente Lula é suspeito de ser um dos beneficiários dos desvios de recursos da Petrobras. Em paralelo, Lula está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo pela suposta compra de um apartamento tríplex no Guarujá (litoral paulista) e de um sítio em Atibaia (interior do Estado). Para os procuradores paulistas, ao não declarar estes bens, Lula responde por ocultação de patrimônio. Além de Lula, são investigados sua esposa e seus filhos.
"Não se trata de combater a corrupção, mas simplesmente de atingir o PT", veja depoimento do @rfalcao13: https://t.co/djxF6OTORS
— PT Brasil (@ptbrasil) 4 de março de 2016A Polícia Federal também está cumprindo nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão em 233 endereços.
Logo cedo pela manhã, o líder do Governo na Câmara, Deputado Afonso Florence (PT-BA), convocou a Imprensa para comentar a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento. Florence disse que “esta é mais uma etapa da Operação Lava-Jato, que confirma que é uma operação política, ilegal, atacando o Presidente Lula, o PT e, principalmente, as conquistas populares do último período”.
“[A operação} é ilegal por quê? Porque o Presidente Lula já sucessivas vezes prestou depoimento, e não há nenhuma dúvida quanto à comprovação documental de que a busca de pistas em relação ao apartamento [no Guarujá] e ao terreno [o sítio em Atibaia] é malograda.”
O Deputado Afonso Florence continuou:
“No ambiente da disputa política nacional, esta Operação, logo após a divulgação em um órgão da imprensa escrita de uma suposta delação que não está homologada, mais uma vez evidencia a concatenação entre a natureza política e a ação ilegal da Lava-Jato e a articulação golpista contra as conquistas do povo brasileiro, contra o PT e contra a imagem do Presidente Lula.” E o líder do Governo na Câmara acrescentou:
“Nós diligenciaremos a defesa jurídica, e na política nós vamos esclarecer a população em geral. Estaremos em vigília para defender a democracia.”