Tornada pública última carta do piloto do avião caído nos Alpes

© REUTERS / Ina Fassbender Flags of Germany and the EU fly with black ribbons during a memorial service for the 150 victims of Germanwings flight 4U 9525 in Cologne's Cathedral, April 17, 2015
Flags of Germany and the EU fly with black ribbons during a memorial service for the 150 victims of Germanwings flight 4U 9525 in Cologne's Cathedral, April 17, 2015 - Sputnik Brasil
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O jornal alemão Bild publicou a última carta do piloto Andreas Lubitz do avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses no ano passado.

O Bild publicou a íntegra a carta do copiloto do voo 4525 que, em 24 de março de 2015, se despenhou quando fazia a rota entre Barcelona, Espanha, e Düsseldorf, Alemanha, matando todos os 144 passageiros e seis tripulantes que seguiam a bordo.

© REUTERSSegundo piloto do avião A320, Andreas Lubitz
Segundo piloto do avião A320, Andreas Lubitz - Sputnik Brasil
Segundo piloto do avião A320, Andreas Lubitz
A carta tornada pública foi escrita duas semanas antes da tragédia, em 10 de Março, e era endereçada a um dos médicos de Lubitz.

O copiloto se queixava de problemas contínuos com a visão, que lhe provocaram perturbações psíquicas.

“Eu tomo mirtazapina já por duas semanas, mas não vejo qualquer efeito positivo da dosagem de 15 mg do medicamento. Por isso, eu comecei a tomar 30 mg. Com a dose mais alta eu me torno mais calmo, mas, mesmo assim, às vezes tenho ataques de pânico por causa da perda de visão. Infelizmente, o meu sono não melhorou com a mirtazapina, tenho noites completamente sem sono”, diz-se na carta.

Andreas Lubitz competes at the Airportrun in Hamburg, northern Germany - Sputnik Brasil
Copiloto do Airbus A320 tinha recebido tratamento por tendências suicidas no passado
Os problemas com a visão, uma das perturbações que o piloto tinha, incluíam a diminuição do brilho e da percepção de contraste. Na carta, ele dizia que já não via a cor branca como branca, especificando que para ver algo precisava de uma iluminação muito boa.

Além disso, na carta Lubitz, lastimando-se dos problemas com a visão, pedia ao médico para sugerir quaisquer sistema para melhorar a visão, diminuir o nível de estresse e restaurar o sono saudável.

Na altura do acidente, a companhia aérea alemã Germanwings declarou que não foi informada sobre os problemas de Lubitz por razão do segredo médico.

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