"Eu tenho que considerar as palavras deste General da OTAN como pura propaganda. A OTAN não defende a Europa, defende os interesses dos EUA na Europa”, disse o general aposentado e especialista em inteligência Jean-Bernard Pinatel.
Segundo Pinatel, que chegou a escrever um livro sobre o assunto, a estratégia dos EUA desde 1991 tem sido usar a OTAN para separar a Rússia do resto da Europa.
A recente retórica deve ser colocada no contexto do desejo do Senado dos Estados Unidos de reforçar a sua presença na região, de acordo com o almirante Alain Coldefy, diretor de pesquisa do Instituto de Relações Internacionais e Estratégia da França (IRIS).
O comando dos EUA na Europa usa a retórica bélica para projetar a imagem de um partido belicista, como resultado de sucessos da Rússia na Síria, de acordo com a cientista política do Instituto de Estudos Avançados da Defesa Nacional, Caroline Galactéros.
"Esta atitude crescente da OTAN, adicionado à atual reativação da guerra civil na Ucrânia e ao aumento das atividades militares no seu flanco ocidental para defender os seus membros de supostas tendências agressivas russas são bastante preocupantes”, disse Caroline Galactéros.
"Isso sugere que estamos longe de estabelecer uma séria cooperação russo-americana para eliminar Daesh", acrescentou.