A chancelaria russa destacou que, apesar de condenar as recentes ameaças nucleares anunciadas pela Coreia do Norte, considera os exercícios conjuntos na península coreana excessivos e sem precedentes.
“O desenrolar da situação na península da Coreia e em torno dela provoca um alerta crescente. Os exercício militares americano-sul-coreanos, iniciados em 7 de março, apesar de formalmente planejados, na realidade não têm precedentes em sua escala, quantidade e tipos de armamentos utilizados e perfis de operações trabalhadas” – revelou um comunicado emitido pelo ministério russo das Relações Exteriores.
“Naturalmente, a Coreia do Norte, sendo o país apontado como o alvo direto dessa atividade militar, não pode deixar de se preocupar com a sua segurança. A Rússia já declarou abertamente em diversas ocasiões a sua relação negativa com esse tipo de pressão político-militar sobre Pyongyang” – destacou Moscou.
Apesar disso, a chancelaria russa reprovou veementemente a reação da Coreia do Norte à presente situação em ameaçar abertamente seus oponentes com possíveis “ataques nucleares preventivos”.
Por fim, o ministério das Relações Exteriores da Rússia exortou todos os lados a agir com “prudência e moderação, para evitar que a situação evolua ao ponto de iniciar um crescente e descontrolado conflito na península.
Nesta segunda-feira (7) os EUA e a Coreia do Sul iniciaram seus exercícios militares anuais em território sul-coreano, mobilizando o maior contingente de soldados norte-americanos em décadas – 17 mil militares.
Washington intensificou os esforços de implantação de armamento estratégico na Coreia do Sul em resposta às violações de resoluções da ONU por parte da Coreia do Norte, que recentemente realizou um teste nuclear e o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance.