Autoridades em Washington também afastaram “falsas” sugestões da mídia de que Netanyahu teria decidido não fazer a viagem aos EUA porque o presidente Obama não poderia organizar uma reunião entre ele mesmo e o chefe de governo visitante.
"Nós estávamos ansiosos para receber a reunião bilateral", disse Ned Price, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, citado pela RT.
"Ficamos surpresos por saber primeiro através de relatos da mídia que o primeiro-ministro, em vez de aceitar o nosso convite, optou por cancelar a sua visita", acrescentou.
O incidente não é o primeiro sinal de tensão entre Obama e Netanyahu e acontece em meio a um desacordo contínuo sobre a ajuda de defesa dos EUA a Israel.
Enquanto os EUA se ofereceram para aumentar a ajuda militar a Israel para US$ 5 bilhões ao longo da próxima década, as autoridades israelenses estavam buscando algo entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões para reforçar as defesas do país.
Além disso, as relações bilaterais também vêm se deteriorando no contexto do papel dos EUA na negociação do acordo nuclear com o Irã, o qual é fortemente condenado por Netanyahu.
Para tornar as coisas ainda mais complicadas, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, está em Israel nesta terça-feira para se reunir com Netanyahu e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas. Biden deverá expressar as preocupações de Washington sobre os últimos cinco meses de violência que já custaram a vida de 181 palestinos e 28 israelenses.