Para a advogada Daniela Gusmão, presidente da Comissão OAB/Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, a questão dos direitos da mulher deve ser analisada sob múltiplos aspectos, por uma série de questões que vão desde a posição da mulher na sociedade, passando pela igualdade de oportunidades com os homens, os diferentes padrões salariais entre homens e mulheres, a participação da mulher na sociedade e a projeção da mulher na política, entre outras.
Daniela Gusmão explicou seu posicionamento:
“Todas as questões referentes a direitos femininos decorrem do empoderamento da mulher. Até mesmo a questão da violência doméstica reflete quem tem maior ou menor poder. O empoderamento da mulher diminui a violência doméstica e permite à vítima escolher se quer permanecer nesta vida de violência ou se deseja partir para uma nova experiência que lhe permita, até, viver sozinha. Quando falamos de igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, estamos também falando da redução da violência do homem contra a mulher. Enfim, precisamos de maior participação feminina na vida societária e na política para que diminua a violência contra a mulher.”
Neste 8 de março a Ordem dos Advogados do Brasil aderiu formalmente à campanha mundial lançada pela ONU sob a denominação He For She (“Ele para Ela”). A presidente da Comissão OAB/Mulher comenta:
“Este é um trabalho de extrema conscientização em que o homem vai entender a necessidade de respeitar a mulher, e que a luta pela igualdade de gêneros deve ser do interesse de todos. Os homens devem entender que precisam se unir às mulheres porque todos são seres humanos e todos merecem respeito, direitos e oportunidades.”
Segundo Daniela Gusmão, a Ordem dos Advogados do Brasil continuará se empenhando pelo fim das desigualdades entre homens e mulheres, e para que estas tenham seus direitos cada vez mais afirmados e reconhecidos. Além disso, o Conselho Federal da OAB instituiu 2016 como Ano da Mulher Advogada.
Em 1910, o congresso da Internacional Socialista já proclamara o Dia Internacional da Mulher como forma de reivindicar o voto feminino, além de permitir à mulher acesso à educação e outros direitos fundamentais. A conferência não se decidiu por um dia definido, mas em países como Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça a data passou a ser celebrada em 19 de março.
Com a iniciativa se espalhando pelo mundo, tornou-se consenso estabelecer a data de 8 de março como comemorativa do Dia Internacional da Mulher.