"Não há necessidade de mediação nesse caso", disse o chanceler do país que rompeu os laços com o Irã em janeiro depois que várias representações diplomáticas do reino saudita foram atacadas na República Islâmica.
De acordo com o ministro, as relações bilaterais se deterioraram devido às políticas iranianas "sectárias" e ao apoio de Teerã "ao terrorismo e à implantação de células terroristas nos países da região".
"O Irã é um país muçulmano vizinho que tem uma grande civilização e um povo amistoso, mas as políticas que se seguiram à revolução de Khomeini têm sido muito agressivas", opinou.
Em 2 de janeiro, Riad anunciou a execução de 47 pessoas, incluindo o sheikh xiita Nimr al-Nimr, grande crítico das autoridades sauditas. A notícia provocou uma série de manifestações no Irã, especialmente nas cidades de Teerã (capital) e Mashhid, onde a embaixada e o consulado da Arábia Saudita foram parcialmente destruídos pelos manifestantes. No dia seguinte, o governo saudita convocou o embaixador iraniano para entregar uma nota de protesto, que foi seguida do rompimento das relações entre os dois países.