A informação foi dada pela agência Bloomberg. De acordo com a agência, o juiz federal George Daniels obrigou o Irã a pagar 10,5 bilhões de dólares às famílias dos mortos nos atentados contra as torres-gêmeas de Nova York, além de a uma série de empresas de seguro.
Segundo o juiz, o Irã falhou em se justificar frente às acusações de financiamento dos terroristas, em relação ao que deve ser responsabilizado pelo dano causado.
Mesmo assim o juiz não mencionou o modo usando o qual o Irã inicialmente ficou envolvido neste processo jurídico, ou se em geral o processo existiu.
Assim, o que vamos fazer com a presunção de inocência? Será que o Irã participou no processo judicial? O conselheiro do chefe do Parlamento iraniano Hossein Sheikholeslam respondeu às perguntas da Sputnik, dizendo:
“É a primeira vez que eu ouvi sobre esta decisão de tribunal dos EUA. É uma grande surpresa, porque o tribunal não tinha nenhuma base para fazer a sentença ao Irã <…> Em todas as fases das investigações e processos judiciais por ocasião dos atentados ocorridos o Irã nunca foi mencionado. <…> Portanto, para nós é surpreendente ouvir tal decisão judicial, é ridículo e sem fundamento. Parece que é mais uma piada cruel dos EUA”.
O especialista iraniano, redator-chefe do jornal Iran Press, Emad Abshenass também notou à Sputnik que a decisão parece ridícula e é claro para ele que “o juiz absolutamente não possui informações completas sobre os atentados que aconteceram em 11 de setembro de 2001”.
“É sabido que os atentados não foram realizados por ‘amigos’ ou ‘aliados’ do Irã, mas por seus rivais mortais – membros da organização terrorista Al-Qaeda”, disse Abshenas.
Além disso, sublinhou o especialista, os ataques de 11/9 que levaram tantas vidas foram realizados por 19 pessoas, 15 das quais eram cidadãos da Arábia Saudita, que é aliada e amiga dos EUA.