“De certa forma, a Rússia é apresentada como bode expiatório para todos os problemas do Reino Unido e dos Ocidente nos últimos 25 anos, ou seja, pela guerra no Iraque, pela aventura na Líbia, pela crise financeira global, pelo surgimento da “desglobalização” (termo cunhado em 2008 pelo então primeiro-ministro britânico Gordon Brown), pelas crises ucraniana e síria, e agora também pela escalada de ânimos anti-sistêmicos no Ocidente e a crise migratória na União Europeia” – diz o documento.
Em fevereiro deste ano, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, declarou que as ações russas na Síria reforçam as posições do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico), pelo fato de a Rússia não bombardear o Daesh, mas sim a "oposição moderada". Além disso, na opinião do ministro, as ações da Rússia na Síria pioram a situação com os refugiados. Na época, o ministério das Relações Exteriores russo considerou tais declarações como "manifestações perigosas de desinformação".