Em declarações à Sputnik, o conselheiro Seyed Mohammad Kazem Sajjadpour notou toda a complexidade da situação atual no Oriente Médio, dizendo:
“Nunca antes a região do Oriente Médio se viu tão profundamente imersa em um conflito – de tal forma global e local — como hoje. Nunca antes tantas pessoas morriam como hoje. E nunca antes tantos países foram envolvidos nesses conflitos, como hoje”, disse.
Os êxitos desta operação já têm sido várias vezes admitidos por especialistas. O Estado-Maior russo ainda no início do ano enumerou as cinco províncias em que as operações mostraram sucessos especiais. São Aleppo, Latakia, Hama, Homs e Raqqa. Nomeadamente, em Latakia o exército sírio conseguiu retomar o controle das alturas estratégicas e libertar seis povoações-chave. Além disso, as fileiras das milícias patrióticas pró-governo estão continuamente aumentando.
O sucesso da operação é tão óbvio que até mesmo militares norte-americanos o admitiu.
“Por exemplo, é a interação entre o Irã e a Rússia que mudou o curso dos acontecimentos na Síria. Mas isso não significa que o Irã e a Rússia não tinham abandonado as suas posições independentes. As posições e ações comuns permitiram mudar a situação na região. Ao mesmo tempo, a expectativa mundial é que a Rússia e o Irã são capazes de estabilizar e normalizar a situação no Médio Oriente”, disse o diplomata iraniano.
Ele notou também que mesmo tendo em conta toda a instabilidade e multipolaridade da região, o Irã continua independente, como um jogador mais forte e influente. Por isso cabe mencionar as suas relações com outros países da região, sublinha:
“Claramente o Irã é um jogador-chave que influi os acontecimentos na região. Sem a participação do Irã não são resolvidas nenhuma crise regional <…> Geralmente, o Irã pode ser caraterizado como um país cuja estratégia externa está baseada em uma mistura de princípios da identidade independente, estabilidade interna e segurança, independência da política externa”, declarou.