Os investigadores da corporação RAND estão apreensivos:
"A China continua aumentando o potencial da sua aviação, o que complica extremamente as tarefas dos EUA… Dado o ritmo atual de desenvolvimento militar dos EUA, o equilíbrio de poder militar na região da Ásia-Pacífico não é a favor da América".
Os obsoletos americanos F-15, que constituem a base da Força Aérea, têm cada vez mais dificuldade de resistir às novas aeronaves russas e chinesas, em particular, ao caça multipropósito de geração 4 ++ Su-35, que os aviões americanos não são capazes de ultrapassar, mesmo após a modernização do radar AESA (ed: radar com antena de varredura eletronicamente ativa).
Os caças F-22 parecem muito melhores, mas os que estão à disposição das Forças Armadas são muito poucos para manter a supremacia global no ar — apenas 90, acrescenta o analista. Em 2009, foi decidido reduzir o programa do F-22 devido ao fato de ser possível dispensar estes aviões nas operações de contra-insurgência e de luta contra os terroristas islâmicos. No entanto, não foram adotados outras aeronaves em substituição.
A estrutura da aviação americana foi organizada para manobras do tipo das operações no Iraque em 2003, mas agora ela tem de se adaptar a uma nova situação — em primeiro plano temos a Rússia restabelecendo as suas anteriores posições militares e a China, bastante ativa, pelo que os aviões americanos agora têm de resolver problemas de dissuasão.
Os analistas da RAND acreditam que os EUA podem reduzir a diferença nos potenciais da aviação com a ajuda dos F-35. No entanto, o observador do The National Interest não está totalmente de acordo com isso. Ele lembrou que, há vinte anos, o único desafio para a supremacia aérea da América eram os sistemas russos de defesa antiaérea e os F-35 foram projetados precisamente para fazer frente a estes sistemas.
"Ora, os tempos estão mudando, mas o design do radar dos anos 1990 do F-35 continua o mesmo", — diz Peter Layton.