O correspondente da agência noticiosa russa RIA Novosti passou alguns dias lado a lado com os soldados do exército sírio e observou como se realizam os preparativos para a ofensiva e e são planejadas as missões precisas para eliminar os terroristas em Palmira.
Do lado de Homs, Palmira está cercada por altas montanhas. Todos os montes estão nas mãos dos terroristas. Os militantes construíram redutos nas suas posições e agora a cidade está cercada por numerosas fortificações modernas.
“O problema é que não podemos realizar um assalto. A nossa ofensiva seria atingida a partir dos montes, dos dois lados. É preciso eliminar os seus pontos de observação nos montes. Mas isso não é possível fazer somente com o uso de artilharia e aviação. É preciso subir até lá de modo cauteloso e imperceptível”, disse um dos militares sírios em conversa com o jornalista russo.
Nas condições em que Palmira se encontra, uma ofensiva não é algo em que participem milhares de soldados e centenas de peças de equipamento militar. São organizados grupos de soldados com cerca de 100 homens.
Primeiramente, a zona de operação dos militantes foi bombardeada por helicópteros militares sírios. Depois começou o trabalho dos soldados. Durante uma batalha de algumas horas, muitos soldados ficaram feridos, 5 combatentes da milícia popular foram mortos.
Segundo os soldados que conseguiram subir a um dos montes, terroristas criaram túneis subterrâneos onde escapam do fogo de artilharia e da aviação. Quando uma parte dos militantes usou um dos túneis, um grupo de assalto bloqueou a entrada e abandonou o monte.
“O inimigo percebe que, quando tomarmos o controle de Palmira, a ofensiva continuará e derrotaremos o seu baluarte em Raqqa. A batalha aqui pode ser considerada um momento crucial, mas é muito difícil”, disse ao correspondente russo um major fatigado do exército sírio.
Em Palmira há mais de 2 mil terroristas. Eles tomaram montes mais altos e possuem tudo que o Exército tem, exceto a aviação. Os combates mais violentos ocorrem a 30 km de Palmira. Ali, o exército e a milícia combatem pela posse de todas as colinas no deserto, prosseguindo para a estrada em direção ao norte.
Os militares estão otimistas mas a batalha decisiva ainda está pela frente.