“Não iremos aceitar uma revisão de fronteiras com uso de força no século XXI. As sanções relacionadas com a Crimeia permanecerão em vigor enquanto a ocupação continuar. Nós apelamos de novo à Rússia a acabar com a ocupação e devolver a Crimeia à Ucrânia”, manifestou o representante do Departamento de Estado, John Kirby.
Porém, os próprios representantes das comunidades contam que se sentem mais seguros agora de que nunca. Nomeadamente, o presidente do movimento tártaro da Crimeia K’yrym (Crimeia, na língua tártara), Remzi Ilyasov, sublinhou que a única ameaça que a sua minoria sente são os artigos provocatórios e apelos do exterior, que visam criar discórdia entre os tártaros da Crimeia e pô-los contra os outros habitantes da Crimeia.
Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev levou novas forças ao poder na Ucrânia. As novas autoridades adotaram uma política de caráter nacionalista e totalmente voltada para o Ocidente, ameaçando restringir uma série de direitos e liberdades das populações de origem russa do país.
O governo da Ucrânia continua considerando a Crimeia como um território nacional temporariamente ocupado por forças estrangeiras. A autodeterminação da população da península tampouco foi reconhecida pelos países ocidentais, muitos dos quais adotaram sanções contra a Rússia.
As autoridades russas já declararam em diversas ocasiões que qualquer discussão sobre o novo estatuto da Crimeia está totalmente fora de questão.