"Infelizmente, não temos institutos que possam desempenhar o papel chave no processo de assegurar a estabilidade na região euro-atlântica. Posso observar hoje que parece que a Rússia e o Ocidente entraram numa nova fase de corrida armamentista onde o palco central tornou-se a Europa. É possível garantir que quando os EUA instalarem um sistema de mísseis na Polônia, a Rússia responderá com a instalação dos seus próprios sistemas, por exemplo, Iskander… na região de Kaliningrado", disse Ivanov discursando no Fórum de Bruxelas.
Na opinião do diplomata e cientista político russo, a diferença entre elas é que naquela altura existia uma série de mecanismos de diálogo, contatos, negociações de alto nível, e a crise podia ser resolvida. Hoje estes mecanismos são eliminados ou bloqueados.
"A ameaça de uma confrontação com o uso de armas nucleares na Europa é mais alta que nos anos de 1980", afirmou.
Segundo Ivanov, o paradoxo é que hoje há menos armas nucleares, mas a possibilidade do seu uso continua aumentando.