O campo de refugiados Linière já existe por duas semanas. Foi construído como o primeiro campo humanitário francês em Grande–Synthe com apoio da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF). Entretanto, a manutenção do campo será transferida para as mãos da associação Utopia56, o que é um pouco esquisito tendo em conta que é a associação que organiza férias.
O objetivo principal da associação é "formar equipes de voluntários para ajudar a outras associações que organizam eventos ou trabalham na área humanitária".
A Utopia56 ainda não tem muita experiência nesta área. É conhecida pela organização do festival musical Vieilles Charrues (Velhos Arados, do francês) na Bretanha.
A organização pede ajuda porque para o bom funcionamento do campo ela precisa de 120 voluntários todos os dias, e agora este número é 50 tão só.
Pode parecer estranho, mas as autoridades ainda não avaliaram o custo de construção ou manutenção do campo e não responderam aos pedidos de ajuda financeira do prefeito Damien Carême. A manutenção do campo pode ser de 3 milhões de euros por ano.
Entretanto, as condições do campo são boas, hoje ali moram 1,5 mil pessoas.
As zonas perto do posto da Médicos Sem Fronteiras são destinadas principalmente para crianças e pessoas com famílias.
A MSF cessará gradualmente as suas ativividades no campo, para afinal deixar ali somente um centro de atendimento médico.
As pessoas que chegaram para o campo estão à espera de reunir com os seus familiares que já ficam no Reino Unido. Muitos dos seus familiares fugiram do Iraque para a Iglaterra ainda durante o reino de Saddam Hussein.
Um dos objetivos do campo é convencer migrantes de pedir asilo na França. Para fazer isso, realizam-se aulas de francês que é menos popular que inglês junto os migrantes. Entretanto, agora a situação altera-se, crianças tornam-se mais receptíveis a francês. Em geral, o campo tem um efeito positivo sobre migrantes, dizem voluntários. As pessoas que fugiram do desastre da guerra começam a sorrir. As condições no Linière são melhores que no outro campo, o de Basroch, onde a situação foi horrível.
O prefeito Carême está seguro que é preciso construir mais campos parecidos porque o Linière fomenta esperanças de migrantes.