Uma hora antes de anunciar a confirmação, o Ministério havia divulgado estar à procura de um novo nome devido ao impasse formado com o governo brasileiro.
Em agosto de 2015, ao invés de utilizar os canais diplomáticos adequados, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou em sua conta do Twitter que Dani Dayan, seu amigo pessoal e homem de confiança, fora escolhido para chefiar a missão diplomática de Israel no Brasil. Por sua vez, o Governo brasileiro afirmou que não poderia conceder o agréement por não haver sido notificado, formalmente, sobre a indicação do novo embaixador.
Sobre a confusão de quinta-feira, o Governo de Israel atribuiu o fato a um erro técnico. Segundo a imprensa israelense, o departamento de recursos humanos do Ministério das Relações Exteriores havia informado que um novo concurso seria aberto para preenchimento de três chefias de missões diplomáticas: a de Brasília, a de Asmara (na Eritreia, África) e a de Budapeste, na Hungria.
Tão logo esta informação se tornou conhecida, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon, declarou que ela estava errada e que o "cargo de embaixador no Brasil não está vago, uma vez que a indicação do Sr. Dani Dayan está mantida".
Também em janeiro de 2016, o professor de Relações Internacionais Samuel Feldberg, da Universidade de São Paulo (USP), declarou à Sputnik Brasil que já não via mais possibilidades do nome de Dani Dayan ser mantido para a chefia da missão diplomática de Israel no Brasil devido ao impasse entre os dois países e à longa espera.
Na ocasião, dava-se como certo que Benjamin Netanyahu indicaria outro nome para o Brasil e que Dani Dayan seria nomeado cônsul-geral de Israel em Los Angeles, nos Estados Unidos.