O novo remédio terá como base o pigmento da esponja do mar, que impede o tumor maligno de proliferar, informa o serviço de imprensa da organização.
De acordo com um dos membros do grupo de pesquisa, professor sênior do departamento de química orgânica, Maksim Zhidkov, um dos maiores êxitos da sua equipe é a síntese do alcaloide fascaplisine. “É um pigmento vermelho, que foi pela primeira vez extraído de uma esponja da espécie Fascaplysinopsis sp. (gênero Thorectidae), que habita os oceanos Pacífico e Índico, ainda em 1988", disse, citado pelo serviço de imprensa.
“Agora, a equipe da UFEO está modificando a estrutura do fascaplisine para aumentar o seu índice terapêutico, que é um indicador importantíssimo, equivalente à relação da dose mortal de uma droga à sua dose útil e que caracteriza a amplidão do efeito útil de qualquer remédio. É uma direção muito prometedora na criação da nova geração de remédios contra tumores”, diz Zhidkov.
O único problema mencionado pelos cientistas consiste no seguinte: só é possível obter quantidades muito pequenas dos compostos naturais necessários. Por isso, os pesquisadores enfrentam essa tarefa: “elaborar um método de síntese que permita obter compostos naturais em quantidades necessárias para testes biológicos completamente abrangentes”, diz o comunicado.
Atualmente, os estudos in vitro dos compostos naturais candidatos a serem usados como remédios contra tumores estão praticamente terminados. Proximamente, começará na UFEO a etapa de estudos in vivo.