A revista americana Time apresentou num dos seus últimos artigos cinco possíveis razões de a União Europeia se ter tornado alvo de terroristas.
Primeiramente as condições para este tipo de atentados já foram criadas, tendo estes começado na primavera (outono no hemisfério sul) de 2014, quando um cidadão da França ligado ao grupo Estado Islâmico (também conhecido como Daesh) perpetrou um tiroteio no Museu Judaico da Bélgica (em Bruxelas).
Depois, foi o atentado de enorme ressonância contra a redação do periódico francês Charlie Hebdo e os atentados de outono do ano passado em Paris. Como resultado, morreram mais de 185 pessoas. No total o grupo jihadista cometeu ou levou outros a cometerem cerca de 75 atentados em 20 países, sem contar com o Iraque e a Síria.
A segunda razão é que a Europa se tornou uma base de recrutamento do grupo terrorista. Entre os anos 2012 e 2015 mais de 400 pessoas deixaram a Bélgica para a Síria e o Iraque para se juntar às fileiras de terroristas. No mesmo período 1.200 pessoas deixaram a França com a mesma intenção. Quer dizer, Paris e Bruxelas se tornaram uma espécie de “capitais” do terrorismo, nota o artigo.
Mas há outra razão para a UE se dividir – é a política da chanceler alemã Angela Merkel, que é a quarta razão para a atual situação perigosa na Europa. Merkel é de fato uma de líderes mais influentes europeias mas a sua política já por muito tempo sofre de fortes críticas. Chefes de muitos países-membros da UE já têm várias vezes declarado a intenção de restabelecerem as antigas fronteiras, quer dizer, de fecharem as suas fronteiras. Estas declarações, provocadas pela insuficiente política da chanceler alemã, minam a base da UE – o acordo de Schengen, sublinha a Time.
Tudo isto quer dizer, conclui o artigo, que os terroristas têm várias vias de desestabilizar a União Europeia.