Universidade russa lança projeto internacional para estudar história dos povos do Pacífico

© Sputnik / Aleksandr Lyskin / Acessar o banco de imagensUm cabo da ilha Shikotan, na foto, é conhecido como o Cabo do Fim da Terra. É como o cabo Finisterra na Espanha, mas do outro oceano, o Pacífico
Um cabo da ilha Shikotan, na foto, é conhecido como o Cabo do Fim da Terra. É como o cabo Finisterra na Espanha, mas do outro oceano, o Pacífico - Sputnik Brasil
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A Universidade Federal do Extremo Oriente (UFEO) está patrocinando a criação de uma rede de laboratórios arqueológicos que irá estudar a história dos povos da região do Pacífico que viveram há milhares de anos, informou o serviço de imprensa da instituição.

“O novo projeto visa reunir os cientistas da Rússia, Equador, Filipinas, Japão e uma série de outros países do Pacífico. No âmbito do laboratório, os colegas poderão intercambiar os resultados das suas pesquisas com maior velocidade e eficiência para elaborar abordagens unificadas no estudo dos vetores de desenvolvimento de processos históricos em diversos lugares da região Asiático-Pacífica”, reza a mensagem.

De acordo com o diretor do Museu Científico Experimental da UFEO, Aleksandr Popov, a ideia da criação de um laboratório surgiu durante um projeto conjunto de arqueólogos da UFEO e da Escola Superior Politécnica do Litoral (ESPOL, Guayaquil, Equador). O objetivo das pesquisas realizadas era comparar a adaptação do ser humano às mudanças do clima de ambos os lados do oceano Pacífico – na costa da América do Sul e da região contemporânea de Primorie (Rússia). A equipe internacional descobriu, durante as expedições realizadas, uma série de achados importantíssimos que estão sendo estudados.

“Os especialistas que trabalham com problemas parecidos em diversos locais da região Asiático-Pacífica precisam de um intercâmbio permanente de informações. A criação da rede de laboratórios pode ajudar a estabelecer este contato para um estudo complexo dos processos históricos na antiguidade”, explicou Popov, citado no comunicado.

“Fica claro que os processos em diversas zonas do oceano Pacífico são interligados. Os deslocamentos da população, digamos, no Sudeste Asiático ou as descobertas técnicas na China Central não passaram despercebidas para um círculo geográfico muito amplo, e, talvez mesmo indiretamente, foram sentidas em toda a região. O seu estudo permite compreender e prognosticar certos processos no futuro, que se desenvolvem em uma espiral”, acrescentou o cientista.

© Sputnik / Yury Abramochkin / Acessar o banco de imagensVista da baía de Avacha, no Extremo Oriente russo. Foto de 2009
Vista da baía de Avacha, no Extremo Oriente russo. Foto de 2009 - Sputnik Brasil
Vista da baía de Avacha, no Extremo Oriente russo. Foto de 2009

Os parceiros da ESPOL equatoriana e da Universidade das Filipinas já expressaram a sua prontidão para participar dos trabalhos da rede de laboratórios. Além disso, a UFEO está mantendo negociações com duas universidades do Japão, a de Hokkaido e a de Tohoku, diz a mensagem.O arqueólogo notou que se trata do estudo de um período que se estende entre há 12 e 2 mil anos, um tempo no limiar entre a civilização e existência pré-histórica, quando estavam se formando as comunidades e a economia produtiva, estava se fundamentando o algoritmo de todo o progresso do desenvolvimento humano.

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