M.K. Bhadrakumar, ex-diplomata indiano que foi embaixador no Uzbequistão e Turquia, compartilhou as suas ideias sobre a decisão russa no seu artigo para o site Asia Times.
Na sua opinião, os sistemas de mísseis que a Rússia pretende instalar nas Curilas permitirá à Rússia defender a sua zona costeira, estabelecer o controle sobre o estreito e as águas territoriais, em uma área que está ameaçada com possíveis ataques, bem como ganhar o domínio sobre toda a zona marítima.
Primeiramente, a Rússia segue com cautela as atividades do Japão no mar da China Oriental.
"Segundo a mídia, Tóquio planeja instalar algumas baterias de mísseis antinavio e antiaéreos ao longo das 200 ilhas que se estendem por 1,4 mil km do Japão até Taiwan. O Japão também aumentará o seu contingente militar nas suas ilhas no mar da do Sul China para 10 mil durante os próximos 5 anos", destacou o especialista indiano.
"Os EUA e o Japão modernizaram e reforçaram o seu acordo de defesa, que agra obriga ambas as partes de pegar em armas para apoiar a outra parte no caso de situação de conflito e os EUA começaram a instalar sistemas defensivos de mísseis no Japão e podem fazer isso na Coreia do Sul", disse Bhadrakumar.
Além disso, o ex-diplomata disse que a intenção de instalar sistemas nas Curilas é um “multiplicador de força” da China. Recentemente, esta destacou que a intenção de instalar sistemas de mísseis na Coreia do Sul prejudicará os interesses estratégicos de segurança da China e da Rússia.
Na sexta-feira (25), o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu afirmou que a Rússia considera a possibilidade de instalar a base da Frota do Pacífico nas ilhas Curilas em 2016, quando os militares russos implantarem ali sistemas móveis de mísseis antinavio Bal e Bastion, bem como veículos aéreos não tripulados de nova geração Eleron-3.