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Ato contra o golpe reúne milhares de manifestantes no Rio de Janeiro

© Serguei Monin / Sputnik BrasilManifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro
Manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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Nesta quinta-feira, 31 de março, data que marca o 52º aniversário do golpe militar que submeteu o Brasil a mais de duas décadas de ditadura, manifestantes de todo o país foram às ruas para protestar contra o que acreditam ser uma nova tentativa de golpe de Estado, que se articula com o possível impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas, ligadas ou não a movimentos políticos, enfrentaram sol e chuva para demonstrar o seu apoio ao sistema democrático brasileiro e dizer "não" àqueles que insistem na saída antecipada da chefe de Estado eleita.

Em entrevista à Sputnik Brasil, um membro da organização Levante Popular da Juventude, identificado apenas como Rafael, disse que a atual administração, de Dilma, ainda está muito longe do ideal, mas nem por isso merece ser impedida de terminar o seu mandato, uma vez que não existe fundamento para isso. 

“Entendemos que estamos numa situação muito ruim hoje de crise econômica, social e política, mas nem por isso a saída é esse impeachment golpista, um impeachment em que não há crime de responsabilidade, impeachment em que quem vai estar à frente é o Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), que é réu. Eduardo Cunha, que é inimigo da juventude, inimigo das mulheres, inimigo do povo negro. Então, nós entendemos que é preciso estar na rua para barrar essa tentativa de golpe", afirmou. 

© Serguei Monin / Sputnik BrasilManifestantes pedem a prisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro
Manifestantes pedem a prisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
Manifestantes pedem a prisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro

Segundo o ativista, forças mais conservadoras estão hoje numa tentativa de desestabilizar o governo, para então substituí-lo por algo "muito pior".

"Nós temos que entender que apesar deste governo estar muito longe dos nossos interesses, da juventude, a derrubada dele hoje seria seria um projeto muito pior, seria um projeto em que a juventude sentiria na pele, muito mais fortemente, o programa neoliberal que foi implementado nos anos 90".
© Serguei Monin / Sputnik BrasilAto pela democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio
Ato pela democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio  - Sputnik Brasil
Ato pela democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Rio

Criado em 2012, o Levante Popular da Juventude foi pensado como uma plataforma para reunir jovens da periferia, das universidades, das escolas básicas e do campo em uma mesma organização, com objetivo de trabalhar contra as injustiças e desigualdades e em prol da transformação social.

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