Em sua entrevista à RIA Novosti, o presidente sírio Bashar Assad disse que está disposto a encabeçar o governo transitório, preparar uma nova Constituição do país e realizar eleições. O presidente afirmou que o país precisa também da presença militar russa mesmo no caso de a situação no país voltar à normalidade.
“Hoje Assad não tem escolha na Síria, deve ficar…mas pode ser salvo somente graças ao equilíbrio de poder. Por isso quer que os russos permaneçam no país no caso de a sua ajuda ser necessária”, disse Hulam.
Em 22 de fevereiro foi publicada uma declaração conjunta dos EUA e Rússia sobre a Síria segundo a qual a trégua entre as forças governamentais da Síria e grupos armados da oposição entraria em vigor a partir de 27 de fevereiro. Porém, a trégua não é aplicada às organizações Daesh, Frente al-Nusra (ambas proibidas na Rússia) e outras formações reconhecidas como terroristas pela ONU.
Esta é mais uma tentativa de pôr fim à guerra civil no país, iniciada em março de 2011 e que resultou em mais de 4 de milhões de pessoas refugiadas e desalojadas, além de um número de mortos que, para organismos como a ONU, atinge 250 mil. No quadro deste conflito sangrento o governo do país luta contra facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra.