“Eu me aposentei do Peshmerga no posto de general. Depois disso fui para o Reino Unido, mas em 2014, quando os militantes do Daesh atacaram o território curdo, eu enviei um apelo ao comando do Peshmerga solicitando o retorno ao serviço ativo. O meu pedido foi aceito e neste momento estou no Peshmerga no posto de general”, informou o comandante.
O militar confessou que não teve outro remédio senão fazer isto porque “os terroristas do Daesh matam todos — mulheres, crianças e idosos”.
“Pretendemos limpar a região curda da presença do Daesh e estamos prontos a lutar para isto até ao fim. Se pararmos a luta, os jihadistas podem conquistar os nossos territórios mais uma vez”, declarou.
Neste momento o exército do Iraque prepara-se para uma ofensiva contra a cidade de Mossul, um dos bastiões do Daesh no Iraque. As tropas curdas estão prontas a ajudar o governo central na luta contra o inimigo comum:
“Ainda não sabemos exatamente como iremos participar da liberação de Mossul. Sobre esta questão estão sendo travadas negociações com o governo central iraquiano. Nós não vemos nenhum obstáculo para a participação das forças do Peshmerga na operação de Mossul. Queremos que o governo central iraquiano tome uma posição resoluta na questão da liberação de Mossul, onde vivem muitos curdos. As forças do Peshmerga querem liberar a população de Mossul da opressão dos militares do Daesh. Estamos prontos a executar qualquer ordem”, disse o general Lokman Serefhani.
Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam as forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.