"A Universidade de Mossul é o melhor centro de pesquisa para o Daesh no mundo", disse o general iraquiano Hatem Magsosi ao The Wall Street Journal. "Os trainees vão para Raqqa [reduto do grupo terrorista no norte da Síria], depois [vão] à Universidade de Mosul para usar as instalações existentes".
O Daesh, banido em diversos países, inclusive nos EUA e na Rússia, tomou o controle sobre Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em junho de 2014, sem enfrentar resistência por parte do exército iraquiano treinado e equipado pelos EUA.
A publicação também cita pessoas próximas à universidade segundo as quais "dezenas" de engenheiros e cientistas filiados ao grupo terrorista já haviam criado um "hub de pesquisa" no bem equipado laboratório de química da instituição em março de 2015.
Embora não seja possível verificar se os autores dos ataques de Bruxelas e de Paris utilizaram os laboratórios de Mosul, soube-se no mês passado que pelo menos um suspeito fabricou cintos de explosivos e malas-bomba à base de TATP.
Além disso, a polícia belga descobriu quase 15 kg de substâncias do tipo TATP durante uma operação realizada no dia 23 de março no município de Schaerbeek, um dia após os atentados que mataram 32 pessoas e feriram 316 em Bruxelas.
De acordo com o Wall Street Journal, apesar dos numerosos bombardeios da coalizão liderada pelos EUA contra o Daesh em Mossul, o estado da universidade permanece incerto.