"A China nomeou um enviado especial, a fim de melhor promover as negociações de paz, contribuir para um melhor contato com as partes relevantes", disse o representante oficial da pasta.
Hong Lei disse também que a China apoia os esforços do Representante Especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, na solução pacífica da crise síria. "A China se baseia no fato de que uma solução política é a única maneira de sair da crise síria", acrescentou.
A adesão da China à procura de uma solução política do conflito sírio vai ser vantajosa para a Rússia e para o governo legítimo da Síria, acredita o analista político Anton Khashchenko.
"Em princípio, a decisão da China é positiva para a Rússia e para a Síria também. Se você olhar para a posição da China ao longo dos últimos anos sobre o conflito sírio, verá que ela, juntamente com a Rússia, vetou quatro vezes a decisão do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão síria. A China, bem como a Rússia, apoia o poder legítimo na Síria".
"É por estas razões e por uma série de outros que eu acho que a decisão da China de nomear um Representante Especial é um momento tão importante," disse Anton Khashchenko à Sputnik.
De acordo com ele, a China é definitivamente interessada em pôr fim à atividade dos grupos terroristas na região:
"A posição da China sobre esta matéria foi anunciada várias vezes. Consiste no fato de que a China apoia o processo de negociação entre Damasco e da oposição, mas em qualquer caso o Daesh não deve fazer parte desta trégua. Quanto à participação da China na operação militar contra os terroristas, deve ser entendido que ele está tentando resolver todos os problemas de maneira política", disse o analista.