O político islandês é acusado de envolvimento em conflitos de interesse, evasão fiscal e ocultação de patrimônio. Os documentos mencionam, em particular, a empresa Wintris Inc., que Gyunnleygsson criou em 2007 nas Ilhas Virgens, juntamente com sua futura esposa.
Após a divulgação do escândalo, mais de 10 mil pessoas foram às ruas do país pedir a renúncia do primeiro-ministro. O ato foi considerado como a maior manifestação da história do país, que possui uma população de cerca de 300 mil habitantes.
Massive crowd forces Iceland PM to quit. #PanamaPapers pic.twitter.com/HVplKhkz0w
— Harsh Goenka (@hvgoenka) 5 de abril de 2016
Mais cedo, ainda nesta terça-feira (5) o primeiro-ministro havia sugerido que o presidente do país dissolvesse o Parlamento e convocasse eleições antecipadas, mas foi recusado.
Em 3 de abril de 2016, o jornal alemão Sueddeutsce Zeitung publicou uma série de informações divulgadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). O ICIJ teve acesso a um vazamento da empresa panamenha Mossack Fonseca, que ficou nos holofotes como Panama Papers (Papéis do Panamá). Estes documentos testemunham intrincados esquemas de corrupção usados por numerosas pessoas mundialmente conhecidas, trazendo informações sobre os negócios secretos de amigos e entorno próximo de vários políticos de alto escalão.