Sendo um serviço de comunicação internacional disponível em muitas línguas e escritórios em todo o mundo, a Sputnik enfrentou um dilema incomum quando o conflito eclodiu na semana passada o conflito Nagorno-Karabakh: os escritórios Sputnik no Azerbaijão e na Armênia encontraram-se em lados opostos das barricadas.
Os jornalistas do Azerbaijão e da Armênia, no entanto, ficaram unidos e criaram um banner que promove uma solução pacífica para o conflito. Eles sabem que, apesar de divergências entre os dois governos, eles vão permanecer fiéis à sua profissão e promover a reportagem honesta de todos os eventos no Sul do Cáucaso.
"Sputnik é um projeto de multimídia global. A nossa grande família de jornalistas fala fala russo, Inglês, francês, árabe, armênio, azeri e muitas outras línguas. Os escritórios da Sputnik em Baku e Erevan estão relatando sobre os acontecimentos em Nagorno-Karabakh de lados opostos das barricadas, mas não faz de nós inimigos. Nós estamos fazendo o nosso dever profissional e pedindo a ambos os lados do conflito para se sentarem à mesa de negociações! Ao clicar no banner, você vai apoiar o fim da ação militar e o início de uma processo de negociação", diz o banner.
No começo desta terça-feira (5), um cessar-fogo entrou em vigor entre a auto-proclamada República de Nagorno-Karabakh e o Azerbaijão, após cinco dias de confrontos que levaram à morte de pessoas em ambos os lados.
O conflito em Nagorno-Karabakh começou em 1988, quando a região autônoma, de maioria armênia e cristã, buscou a separação da República Socialista Soviética do Azerbaijão, de maioria muçulmana, antes de proclamar independência, após o colapso da União Soviética em 1991.
A Armênia e Azerbaijão denunciaram em 2 de abril o agravamento na zona de conflito em Nagorno-Karabakh: o Ministério da Defesa do Azerbaijão, por sua vez, declarou que houve disparos por parte do Exército armênio, enquanto a entidade militar armênia, ao contrário, denunciou “atividades ofensivas” da parte azerbaijana. Segundo os dados da ONU, na sequência do recente agravamento do conflito, já morreram 33 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.