Eles ficaram muito surpreendidos com a localização da descoberta – ela fica no centro da galáxia elíptica NGC 1600, na parte pouco povoada do Universo.
“Achar um buraco negro enorme numa galáxia de grande massa num espaço ‘densamente povoado’ é bastante previsível, isso é o mesmo de ver arranha-céus em Manhattan, mas é muito menos possível os achar em cidades pequenas”, contou um dos principais pesquisadores da Universidade de Berkley, a cientista Chung-Pei Ma.
Em resultado de várias pesquisas realizadas, os cientistas descobriram também que o buraco é 10 vezes mais massivo do que eles tinham previsto tendo em conta os tamanhos da galáxia na qual ela fica.
"Tornou-se claro que tal correlação [entre o tamanho de buraco negro e o da galáxia] não funciona bem para os mais recentes buracos negros de grande massa", sublinhou a cientista.
Os cientistas que fizeram a descoberta supõem que o grande buraco negro tenha sido criado em resultado da junção de dois buracos negros. O seu crescimento, segundo os cientistas, aconteceu por via de absorção do gás criado durante as colisões de galáxias.
Os resultados da pesquisa, baseada em dados obtidos através o telescópio espacial Hubble e observatório Gemini, serão publicados em breve no jornal Nature.