A reunião é posicionada como uma "recepção alternativa" a Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que participou nesta quinta-feira (7) de uma reunião do Conselho de Estado português.
Esta participação se deu após um convite do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e é um acontecimento inédito, pois nenhum outro cidadão estrangeiro tinha participado de uma reunião do Conselho de Estado em Portugal anteriormente.
Mario Draghi representa uma parte daquilo que os portugueses chamam de "troika", formada por Banco Central Europeu (BCE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia. A esquerda portuguesa acusa a "troika" de ter insistido e continuar insistindo na implementação de medidas de austeridade econômica, algo que os partidários da esquerda consideram como tentativa de intromissão em assuntos internos do país.
Durante a sessão de hoje, Mario Draghi elogiou o trabalho do governo anterior (que respeitava as decisões da "troika") e sugeriu uma reforma laboral para Portugal.
Para o presidente do BCE, um dos exemplos do êxito de Portugal foi "o crescimento dinâmico do emprego desde 2014", que demonstrou, segundo ele, que "as reformas do mercado de trabalho estão tornando a economia mais adaptável".
Quanto ao governo atual, Draghi elogiu o Plano B preparado especialmente para o caso de o orçamento estatal de 2016 não funcionar bem.