Os moradores ficam sob forte pressão moral. O assim chamado "emir" do Daesh em Deir ez-Zor está propagando seus sermões religiosos, ameaçando com punição corporal as pessoas que não querem cumpri-los.
A situação está agravada com as ações egoístas "dos especuladores da guerra", que, sob o pretexto de prestar assistência aos sírios satisfazem seus próprios interesses.
Muhammed at-Tellawy, morador da aldeia de província oriental de Deir ez-Zor contou à Sputnik sobre as dificuldades que ele teve que superar para escapar da opressão dos terroristas.
Eu só pude deixar a cidade de Deir ez-Zor depois de passar por grandes sofrimentos. O Daesh proíbe aos cidadãos sair da cidade de Deir ez-Zor e os arredores. Somente os enfermos têm a possibilidade de fugir. As pessoas doentes têm que preencher formulários para obter a permissão de ida. Ao sair da cidade eles estão acompanhados pelos militantes. O preço de tal procedimento é 200 dólares. Mas a autorização recebem somete os pacientes em estado grave”, disse Muhammed.
“Mesmo que eu tinha que pagar US$ 1.000 a um dos líderes do Daesh, Abu Hussein al-Iraqi, que me deu a permissão de sair. Com este documento os militantes me deixaram atravessar os postos de controle", disse Muhammed.
Além dos intermediários, existem também os contrabandistas que, por 400-500 dólares, transportam as pessoas clandestinamente. Este tipo de viagem é muito perigoso, porque o carro atravessa varias províncias fora da estrada, por campos que ainda estão minados. At-Tellawy falou sobre 10 civis de Deir ez-Zor que tentavam sair da cidade clandestinamente, mas o carro deu com uma mina.