Panama Papers: Justiça argentina investiga Macri

© AP Photo / Natacha PisarenkoPresident Mauricio Macri leaves after making a statement at the government house in Buenos Aires, Argentina, Thursday, April 7, 2016.
President Mauricio Macri leaves after making a statement at the government house in Buenos Aires, Argentina, Thursday, April 7, 2016. - Sputnik Brasil
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O Juiz Federal Sebastián Casanello acolheu pedido do Promotor Federico Delgado para que a Justiça argentina abra processo para apurar se o Presidente Mauricio Macri omitiu em sua declaração juramentada de bens participações em empresas offshore que figuram nos chamados Panama Papers.

O presidente argentino é citado na pesquisa como diretor da Fleg Trading, companhia criada nas Bahamas. Os Panama Papers foram obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos a partir do exame da carteira de clientes da firma panamenha de advocacia Mossack Fonseca, especializada na abertura de empresas em paraísos fiscais.

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Segundo o procurador, os Panama Papers trazem elementos suficientes que justifiquem o pedido de investigação. A Justiça argentina pode determinar que Macri preste informações, entre outros, ao jornalista Hugo Alconada Mon, um dos participantes do consórcio investigativo, e à advogada Silvina Martinez, assessora da Deputada Margarita Stolbizer, do partido Geração para um Encontro Nacional (GEN). Martinez é advogada especializada na legislação de sociedades offshore.

O trabalho do consórcio internacional, porém, também vem colhendo algumas críticas. O presidente do Equador, Rafael Correa, criticou os responsáveis pelo estudo por se negarem a revelar toda a base de dados. Até agora, por exemplo, nenhum nome de empresa norte-americana ou de cidadão dos Estados Unidos foi divulgado na listagem que abrange 11,5 milhões de documentos e que expôs o nome não só de empresários em quase 200 países, mas também de mandatários, como o rei saudita Salman bin Abdulaziz e o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko.

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