Na sua opinião, quando se trata da Ucrânia a única coisa clara é que nada é claro.
“Penso que devemos compreender que tudo isto é uma parte de um grande jogo. Isso não é a primeira vez que Yatsenyuk tenta [demitir-se]”, disse Schedrivy à rádio Sputnik.
Um outro aspeto importante é que nada na Ucrânia acontece sem autorização de forças externas, dos EUA em particular, que controlam a política ucraniana.
“O nível de controlo externo do país é sem precedentes e algo que acontece na Ucrânia deve corresponder ao que o controle externo quer que aconteça na Ucrânia”, explicou Schedrivy dizendo que, até que o governo norte-americano aprove o passo de Yatsenyuk, nada está decidido.
Além disso, tornou-se público que no domingo (10) o vice-presidente norte-americano Joe Biden realizou uma conversa telefónica com Yatsenyuk na qual agradeceu o primeiro-ministro ucraniano pelo seu trabalho e expressou a esperança de que, mesmo depois da sua demissão, Yatsenyuk continuará a participar da realização de reformas relacionadas com a associação ucraniana com a União Europeia e as recomendadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A mídia local menciona que o próximo primeiro-ministro ucraniano pode ser o presidente da Suprema Rada, Vladimir Groysman. Schedrivy disse que, se Groysamn se tornar primeiro-ministro, isso será benéfico para Poroshenko porque Groysam é o seu aliado político muito próximo.
Além de Groysman, a ministra da Fazenda do país, Natalia Jaresko, que nasceu e cresceu nos Estados Unidos, também anunciou o seu desejo de assumir o cargo.
A incógnita em torno de quem será o novo primeiro-ministro ucraniano deverá suscitar bastantes paixões. Entretanto, segundo Schedrivy, é pouco provável que algo mude no país com o novo premiê.