A OTAN jura, mas sem garantias!

© AFP 2023 / JONATHAN ERNSTSecretário de Estado norte-americano John Kerry durante a conferência de imprensa sobre a reunião da OTAN, Bruxelas, 2 de dezembro de 2015
Secretário de Estado norte-americano John Kerry durante a conferência de imprensa sobre a reunião da OTAN, Bruxelas, 2 de dezembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Os EUA e a OTAN não darão garantias legalmente vinculativas de que o sistema antimísseis na Europa não visa a Rússia como alvo, pois isso minaria as possibilidades de atualizá-lo conforme o crescimento do nível de ameaça, disse terça-feira (12) um responsável norte-americano em Londres.

Estas são declarações do assessor do secretário de Estado norte-americano para o controle de armas e segurança internacional, Frank Rose, na conferência dedicada aos problemas de defesa antimísseis, organizada pelo Centro Britânico de Estudos de Defesa RUSI.

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Os planos de Washington de implantar sistemas antimísseis (DAM) na Europa Oriental, que serviriam como instrumento de proteção do seu território de mísseis balísticos, têm sido um dos obstáculos mais importantes nas relações entre os EUA e a Rússia. Os representantes dos EUA têm declarado repetidamente que a DAM não está orientada contra Moscou e contra o potencial estratégico russo, e que a cooperação em matéria de defesa antimísseis será positiva tanto para os EUA e a OTAN, como para a Rússia. Em Moscou consideram imprescindível que estas garantias sejam formalizadas por meio de documento oficial legalmente vinculativo, e não só em palavras. A OTAN pede que Moscou simplesmente confie nas declarações de que o Escudo Antimíssil não será utilizado contra as forças russas de contenção nuclear.

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'Temos repetidamente explicado que não poderíamos no passado e não poderemos no futuro dar quaisquer garantias legalmente vinculativas, assim como não podemos limitar de uma ou outra maneira as nossas possibilidades de defender os EUA ou os nossos aliados'.

"Aquilo que a Rússia está pedindo limitaria significativamente as nossas possibilidades de responder às ameaças nucleares".

'A Coreia do Norte e o Irã efetuaram várias vezes ensaios balísticos, e a ameaça representada por estes países exige-nos acompanhar de perto o desenvolvimento das tecnologias', explica Frank Rose.

'Os EUA insistirão na flexibilidade, que é necessária para poder responder de maneira eficiente às ameaças crescentes', sublinhou.

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