Ao falar à Agência Brasil, a coordenadora no Rio de Janeiro do movimento Vem pra Rua, Adriana Baltazar, alega que o protesto a favor do impeachment da Presidenta Dilma tem prioridade, pois protocolou um pedido de autorização com mais antecedência do que os organizadores do ato contra o impedimento.
“Aquele lugar ali ficou caracterizado como de manifestação dos grupos antigoverno”, diz Adriana. “Tanto é assim que eles nos criticam muito por o lugar ser Copacabana, ser na orla, é coxinha. Eu não vejo por que eles resolverem se manifestar de manhã, sendo que a votação é à tarde, para fazer um esquenta para depois eles irem para o local deles que é no Centro. Por que não se faz no Centro?”
Já o ato do empresário Rômulo Costa, fundador da gravadora Furacão 2000, que está convocando a população do Rio de Janeiro para um grande baile funk contra o impeachment, afirma que o espaço é público e garante que a escolha pelo local não foi uma provocação à oposição.
“A nossa manifestação ia ser feita até as 15 horas, e nós antecipamos para 13 horas. É o carro de som, as pessoas são das comunidades, sem confronto. Estamos convocando as famílias, é a democracia. Eles têm o pensamento deles, e nós temos o nosso. Nós somos contra o impeachment, não tem violência, não tem briga, não tem nada. Da minha parte, se não for em Copacabana, eu estou fora.”
Com a polêmica instalada, a Secretaria de Segurança ainda não definiu qual dos dois atos vai ter a autorização para Copacabana, e também não divulgou como será o esquema de segurança para o dia da votação do impeachment.
Além dos protestos na Zona Sul, também está prevista uma vigília organizada pelo movimento Frente Brasil Popular a partir das 16 horas de domingo na Lapa. No mesmo horário, uma carreata sairá da Baixada Fluminense para se juntar à vigília.