"Líbia vive uma situação muito difícil e perigosa. Hostilidades, desordem. Observamos uma crescente presença do Daesh (Estado Islâmico)" – destacou o secretário.
Nesta quinta-feira (14) Stoltenberg visitou Londres para se reunir com o primeiro-ministro da Grã-Bretanha David Cameron.
"Não planejamos uma operação de combate. Mantemos contato direto com o governo da Líbia e lhes oferecemos expandir as possibilidades para ajudá-los a criar instituições de defesa, desarmar grupos rebeldes e, no futuro, quem sabe, ajudar com preparativos militares" – explicou o secretário.
Ele destacou, no entanto, que a OTAN não tomará quaisquer ações sem que haja um pedido oficial por parte das autoridades da Líbia.
"Mas eles precisam enviar um pedido oficial, portanto nós não iremos enviar militares e não tomaremos quaisquer ações sem uma solicitação do governo líbio. Não irei especular sobre se teremos ou quando teremos tal pedido, já que o novo governo existe há apenas algumas semanas. Eles sabem que nós estamos dispostos a ajudá-los" — disse Stoltenberg.
A Líbia vive um estado de desordem desde o movimento conhecido como Primavera Árabe, em 2011, que mais tarde levou a uma guerra civil e à derrubada do líder Muammar Kadhafi por extremistas islâmicos apoiados pelo Ocidente.
Em 31 de março um novo governo de unidade nacional, liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Sarraj, assumiu o comando do país. Inicialmente, o autoproclamado governo em Tripolo exigiu a saída de al-Sarraj da Líbia, mas, em seguida, abandonou o poder em favor do novo gabinete.