"O resultado na Câmara aumenta a responsabilidade dos movimentos sindicais e da classe trabalhadora. Esse é mais um passo do golpe que já está instalado. Por outro lado, há um aspecto positivo, porque a população vai ter mais informações sobre as negociações que foram feitas para fabricar esse resultado. A população vai reconhecer a perda de direitos e o aumento da terceirização do trabalho. Acredito que nas ruas já está surgindo o sentimento contra o golpe. O povo não confia nem em Temer e nem em Cunha. Nesta segunda-feira, às 18h30, a Frente Brasil Popular estará se reunindo para traçar estratégias."
Já Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo lançou uma nota, ainda na madrugada da segunda-feira, convocando os movimentos sociais para as ruas.
"Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos! Vamos derrotar o golpe nas ruas!", informou a nota, que chamou o impeachemnt de "fraudulento, de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade".
"Faremos pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF."
"A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo desde já afirmam que não reconhecerá legitimidade de um pretenso governo Temer, fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment golpista."
A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocaram movimentos sociais para atos nas próximas semanas e para a realização de uma grande Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, no próximo 1º de maio.