“Embora o resultado da noite de domingo não nos tenha surpreendido, o fato é que nós não podemos deixar de registrar nossa inconformidade com o fato de o processo de impeachment ter sido conduzido pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, um sujeito que responde a vários processos no Supremo Tribunal Federal. Eu estive no sábado com o Presidente Lula e observei que ele estava esperançoso embora muito consciente de que nós enfrentaríamos, como enfrentamos, uma votação muito difícil. Eu não estive com a Presidente Dilma mas fui informado de que ela acreditava que alguns parlamentares iriam manter a palavra dada ao governo. Não foi o que aconteceu. Eles mudaram de lado, acusaram a pressão movida por Cunha e o resultado foi o que se viu. O golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff se confirmou no domingo.”
Após aprovação na Câmara, o processo de impeachment segue para análise do Senado, que instalará uma comissão especial para analisar a denúncia. A comissão, em seguida, emitirá um parecer a favor ou contra a instauração de um processo contra Dilma Rousseff.
Depois disso, os senadores votam pela abertura ou pelo arquivamento do processo de impeachment. São necessários 41 votos (de 81 membros do Senado) para que o processo seja instaurado formalmente e Dilma Rousseff seja afastada do cargo.