A passagem através do território da República Tcheca do comboio militar americano (da Alemanha para os países bálticos para participar nos exercícios da OTAN Saber Strike 2016), anunciado para o final de maio deste ano pelo ministro da Defesa da República Tcheca, Martin Stropnicky, não é visto por todos os tchecos com optimismo. A consideramos como mais uma exibição de músculos, os tchecos não têm medo de ameaças exteriores, disse Jaroslav Foldyna, deputado do CSSD, presidente do grupo interparlamentar da República Tcheca — Sérvia na Câmara dos Deputados.
Sputnik: Os exercícios militares dos EUA no ano passado nos países bálticos e a permanência das tropas estadunidenses na República Tcheca durante três dias custaram aos americanos 7,3 milhões de dólares. O comboio atual é maior: 800 homens, 250 unidades de equipamento militar. Por que não economizar o dinheiro e não enviá-los por ferrovia, que é obviamente mais barato?
JF: É porque o objetivo do comboio também é político, ideológico, é, mais uma vez, uma demonstração de poder militar, exibição de músculos, o que aumenta a tensão internacional ainda mais. Será que precisamos disto?
S: O ministro Stropnicky disse que desta vez os americanos serão acompanhados por militares da República Tcheca e que estão planejados exercícios conjuntos dos dois exércitos. Para demonstrar a unidade tcheca-americano?
JF: Se a Lituânia, a Letónia e a Estónia sentem necessidade de ter tropas estrangeiras no seu território, é a decisão deles. Nós, os tchecos, não temos medo da ameaça militar do exterior. E claro que, (é a minha profunda convicção), não consideramos a Rússia como ameaça militar. O que nós realmente tememos é o perigo crescente dos terroristas e islamitas".