A informação foi citada hoje pelo canal de televisão RTP, que se refere ao relatório da terceira avaliação.
A Comissão Europeia é um dos integrantes da assim chamada troika, da qual fazem parte também o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Bruxelas já tinha destacado que o valor do ajustamento previsto no orçamento era inferior ao recomendado.
Já aceitar as recomendações significa manter os cortes nos salários, prestações sociais e outras restrições que os portugueses não gostariam de sofrer.
No entanto, ontem, na segunda-feira, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que o país estava pronto não só para receber os 1.500 refugiados da Síria e da Eritreia previstos pela União Europeia, senão para duplicar este número, "se necessário for".
Desta maneira, o chefe de Estado destaca que "é uma iniciativa exemplar, logo no dia em que assistimos a mais uma tragédia, que são tragédias diárias que ocorrem no Mediterrâneo, e que põem à prova tudo aquilo o que são os valores da Europa", disse Sousa, citado pelo jornal Público.
O presidente, eleito e empossado em janeiro, teve um gesto polêmico ao convidar, há um pouco mais de uma semana, o primeiro estrangeiro na história a participar de uma reunião do Conselho de Estado. Foi Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu. Naquela reunião, Draghi fez uma série de recomendações e críticas ao governo português de hoje, contrastando-o com o anterior, que tinha sido mais amigo da União Europeia.