Estas decisões enfrentaram os protestos do lado armênio, um país aliado da Bielorrússia na OTSC.
O vice-chanceler da Armênia, Shavarsh Kocharyan, julga que a nova doutrina militar bielorrussa pode provocar tensão no interior da OTSC.
“Nossa doutrina militar é somente defensiva. Nós nunca vamos combater no território de um outro país porque aprovámos uma doutrina militar defensiva”, replicou o presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko.
Lukashenko se referiu ao conflito na Ucrânia para justificar as alterações na doutrina militar nacional. “Nunca haverá nenhuma ameaça para Ucrânia do nosso lado, do nosso território. Nós seguimos uma política da paz e tentaremos fazer tudo o que possível para resolver a crise na Ucrânia”.
Estes receios são especialmente justificados tendo em conta o conflito em Nagorno-Karabakh entre a Armênia e o Azerbaijão, apoiado pela Turquia. Nagorno-Karabakh formalmente faz parte do Azerbaijão, mas é uma região habitada principalmente por armênios. Na prática, o território é uma província com governo próprio, mas sem reconhecimento da comunidade internacional.
No entanto, nas últimas semanas, o Azerbaijão ameaçou, com o apoio da Turquia, a usar suas Forças armadas contra a Arménia para conquistar o território. O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan prometeu apoiar o Azerbaijão, e declarou que “o território vai, inevitavelmente, voltar para o Azerbaijão".