Irã não quer competir com produtos agrícolas russos

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensUm mercado em Moscou
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A holding iraniana Ghadi Group está pronta a fornecer à Rússia frutas e legumes, inclusive um milhão de toneladas de laranjas e também um milhão de toneladas dos tomates e pepinos.

Isso foi comunicado em entrevista à Sputnik pelo chefe da Ghadi Group, Hamidreza Ghadi. O empresário dirige o seu negócio na Rússia com sucesso desde 2012 e faz prognósticos positivos sobre a cooperação entre a Rússia e o Irã na área da agricultura:

“O Irã não tem por objetivo competir com os produtores de frutas e legumes russos no seu mercado interno, mas abastecer o mercado russo com produtos raros, porém procurados. São principalmente as laranjas, kiwis e outras frutas tropicais. Ao mesmo tempo, queria assinalar que a produção agrícola russa é requisitada no Irã. Sei que há grande interesse do lado dos importadores iranianos em tais produtos da agricultura russa como trigo, malte e soja. É importante que toda a produção russa corresponda aos altos padrões internacionais. Consideramos que o Irã tem muito que fazer para aumentar o nível da sua produção agrícola, se decidir competir com a Rússia neste sentido nos outros mercados (principalmente no europeu). Nós sentimos necessidade de melhorar o equipamento técnico na nossa agroindústria. Sem dúvida, qualquer cooperação demanda uma gerência altamente qualificada. É importante que os lados conheçam bem as possibilidades um do outro. Julgo que temos boas chances de criar uma aliança com a Rússia”.

Nos últimos tempos, o Irã tem feito grandes esforços para substituir a Turquia no mercado russo, principalmente depois que Moscou suspendeu o comércio com Ancara devido às tensões entre os dois países.

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Desde 1º de janeiro de 2016, Moscou embargou a importação de certas mercadorias turcas, além de ter restaurado os vistos para os trabalhadores nacionais da Turquia, que também tiveram seus períodos de contratação limitados.

O chefe da Câmara de Comércio do Irã julga que os produtos iranianos são os melhores para substituir os turcos no mercado russo.

Em 16 de janeiro de 2016, os EUA e a União Europeia revogaram oficialmente as sanções que tinham sido impostas em relação ao Irã em 2003 por medo de que o programa nuclear desse país estivesse focado na criação de uma bomba atômica. As sanções restringiram a participação econômica da República Islâmica do Irã no palco internacional, sem que Teerã abandonasse as suas pesquisas na área nuclear. Para o Irã, o levantamento das sanções significou mais possibilidades e uma maior abertura econômica e financeira. As empresas estrangeiras começam a voltar ao país e a retomar projetos conjuntos.

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