Nem todos sabem que a capital norte-coreana tem um metrô. Antes de 2014, os turistas tiveram direito de visitar só duas estações, o que provocou muitas teorias de conspiração.
Na altura, pensava-se que o metrô era puramente para inglês (ou estrangeiro de outra nacionalidade qualquer) ver. Alegava-se até que outras estações não existiam e os passageiros eram atores. Havia também rumores de que, devido à falta da eletricidade, os vagões só se movem quando chegam os visitantes.
No entanto, recentemente, alguns turistas estrangeiros têm conseguido dar uma olhada em todas as estações em ambas as linhas do Metrô de Pyongyang.
Acredita-se que a construção foi iniciada depois de Kim Jong-il, na altura com 24 anos de idade, visitar Pequim em 1966 e ficar inspirado pela construção do metrô lá.
O pai dele, o então líder do país, Kim Il-sung queria demonstrar a superioridade da Coreia do Norte sobre o Sul e começou as obras em 1968, três anos antes do início da construção da rede em Seul (1971).
A Coreia do Norte afirma ter construído a rede subterrânea apenas com as suas próprias forças. No entanto, existem provas de que atraiu um grande número de trabalhadores de fora: o projeto foi desenvolvido com a ajuda dos projetistas soviéticos, engenheiros chineses e tchecos e especialistas de material circulante alemães.
O metrô de Pyongyang é reconhecido como o mais profundo do mundo, chegando a mais de 110 metros de profundidade. No entanto, o metrô em São Petersburgo também afirma ser o mais profundo, com base na profundidade média de todas as suas estações.
Graças à profundidade, o metrô pode ser usado como abrigo em caso de conflito armado.
O sistema é composto por duas linhas. Há, porém, muita especulação sobre a existência de linhas secretas adicionais que são usados apenas por altos funcionários.
Quanto ao material circulante, a Coreia do Norte sempre alegou que é ela que o tinha fabricado. No entanto, as fontes de mídia dizem que as primeiras quatro unidades foram construídas pela China e depois foram vendidas ao metrô de Pequim.
Desde 1998, o metrô de Pyongyang usou o ex-material circulante do U-Bahn de Berlim.
No metrô de Pyongyang, você não vai ver ou ouvir comerciais. Ao invés de cartazes comerciais, as paredes estão cheias de retratos dos líderes norte-coreanos.
Os nomes das estações não se relacionam ao local onde se encontram, mas sim aos temas da revolução e a glorificação do regime.